Viver neste período de distanciamento social é um grande desafio. Para aqueles que estão de quarentena em casa muitas questões podem aparecer. Como falamos no post sobre escolhas, a todo tempo nos deparamos com as opções e diretrizes que tomamos, e isso pode gerar desconforto.
A ansiedade vem à tona e muitos sofrimentos podem surgir. Há os que estão triste porque não podem abraçar a família, pois têm a noção da necessidade de prevenção, outros enfrentam um processo de luto, seja a perda de alguém próximo pelo Covid-19, seja pelo distanciamento.
Se pensarmos que para a psicanálise o sujeito só existe a partir do olhar do outro, em tempos de distanciamento social não há o outro para validar quem sou eu.
Muita gente se adaptou e está utilizando a internet como vitrine, na busca dessa função existencial. Ou seja, “o que gostaria que os outros vissem na sociedade, desloco para as redes sociais e exponho por ali”.
Uma mensagem importante para todos: não é motivo de vergonha se sentir mal, não é preciso se esconder se você estiver passando por uma situação difícil, mesmo quando todos os outros parecem estar bem. Ainda que psíquico, o sofrimento é verdadeiro, e olhar para ele é um caminho para resolvê-lo. Procure ajuda, seja de um amigo ou um parente, de um profissional da área e fale sobre o seu sofrimento.
Há diversas instituições oferecendo escuta on-line e gratuita. O CVV, por exemplo, é um órgão especializado no assunto. Além disso, também temos profissionais, como psicanalistas, psicólogos, psiquiatras e terapeutas no geral que vêm se colocando na linha de frente da saúde mental e propondo apoio para quem precise. Busque informações, procure ajuda e não tente minimizar sua dor. Esse é um período difícil sim, mas juntos passaremos por isso.
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