O final do ano vai chegando, os pequenos crescem e chega aquela etapa de sair do fundamental 1, estágio que corresponde aos cinco anos iniciais de estudos, geralmente conduzido por um ou dois professores, e encarar uma nova jornada no fundamental 2, segundo ciclo, em que o trabalho pedagógico é desenvolvido por uma equipe diversa de docentes. Esse período de transição escolar calha com a chegada da pré-adolescência e com um momento hormonal de mudanças significativas. Todos esses fatores associados geram uma instabilidade enorme para eles.
É comum que os estudantes, antes excelentes alunos, percam o interesse pelos livros nessa fase. São muitas expectativas para serem atendidas, vários professores com personalidades e demandas distintas e se faz necessário tempo para a adaptação ao processo. Por outro lado, passam a ter mais autonomia e responsabilidade, e vivem o momento de deixar de ser “café com leite” para serem tratados como pré-adolescentes.
Junto com o luto da infância o adolescente pode se ver muito perdido. Além disso, há a rigorosidade com a qual são tratados, a vontade de pertencer e de fazer tudo certo, tornando esse um processo muito marcante. Existe, também, a necessidade de aprender a organizar o tempo, se dividir entre várias tarefas e gerenciar todas essas demandas. Entender como é a dinâmica de uma agenda pode parecer complexo, por isso, recomendamos acompanhá-los nesse período, orientando sobre gestão de tempo, não apenas cobrando por excelência. Estar ao lado deles é muito importante, da mesma forma que é fundamental entender as ansiedades geradas nessa época.
